quinta-feira, maio 12, 2011
Todos os dias
O sol, como ouvi uma grande pessoa dizer no outro dia, nasce todos os dias. Por mais vulgar que pareça, é uma frase também ela grande. Não há um único dia que não venha mascarado de oportunidade. Que seja uma página suja. E não há um dia só que não exista para ser vivido. Não há um dia sem erros, sem memórias- boas ou más- sem fé, e sem desespero. Sem sorrisos e sem lágrimas, nossas ou dos nossos. Sem vento, sem frio ou calor. Sem escolhas. Sem música.
E também nunca vivemos dois dias da mesma maneira. Porque, por mais que queiramos, nunca somos iguais. Mudamos, da mesma forma que aqueles que vêm connosco mudam.
Mas cometemos o erro maior: esquecemo-nos de viver. Esquecemo-nos de cantar, de olhar para cima, de olhar para o lado. De chorar de alegria ou de dar um abraço a um amigo. De sentir: o verbo mais perigoso que existe. De acreditar. De acreditar que o passado é campo da contabilistas, que o presente é campo de guerreiros, e que o futuro é campo de sonhadores. E de encontrar o nosso lugar neste Mundo pequenino. Todos os dias mais.
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