quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Dia longo, e o amor pelo trânsito

Estou ainda meio chocada com a minha fase de hoje, de que "o trânsito não me incomodava assim tanto". E é verdade. Gosto do tempo no trânsito para pensar. Talvez seja por ainda não trabalhar- talvez. Mas a verdade é que também tenho atrasos. Quando o carro está parado, tenho o que é preciso: tenho a mente livre, tenho música, e tenho algo nas mãos que- que ingénua que sou!- acho que controlo.
A caminho de casa, de noite, sabe-me bem um vermelho. Se fosse fumadora, puxava certamente do cigarro. Como tenho a mania de ser esta romântica sem cura descoberta, recorro às minhas memórias. Um cigarro que também mata, não haja dúvidas. Mas ainda mais devagar.
Gosto deste cigarro, gosto da paragem, do pensamento, mas também gosto de seguir, em terceira, com a cabeça em todo o lado menos no asfalto. Com as ideias em todo o lado, menos no carro que vai à frente.
Será que, na vida- assim como na estrada- esta fuga causa acidentes??
Por agora... não encontro outra maneira de lidar com isto. Só palavras, pensamentos, e músicas. Todas cheias de uma coisa só: memórias. A maior droga que pode existir por aí!

1 comentário:

  1. Giro! A necessidade de silêncio leva a procurá-lo nos lugares mais improváveis: no trânsito, no jogging...
    Fez-me lembrar uma coisa que escrevi há tempos: http://joaodelicadosj.blogspot.com/2009/06/nova-frequencia-de-radio.html
    BJS!
    João.

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